E ai princeso, sabia que pode economizar uma GRANA em Cloud(OCI)?
Instâncias burstable são uma solução inteligente de computação em nuvem que permite balancear custo e performance de forma eficiente. A ideia principal é fornecer uma base de performance constante (o baseline) com a possibilidade de picos ocasionais (burst) para suportar demandas esporádicas.
Conceito:
Imagine que você tem um carro híbrido…
Ele usa pouca energia no dia a dia, mas, quando precisa, tem aquele motor turbo para dar um gás. É exatamente isso que os servidores burstable fazem.
Eles são projetados para cargas de trabalho que ficam leves a maior parte do tempo, mas têm picos ocasionais de uso. Você paga apenas pelo “modo econômico” e usa o turbo quando necessário.
Como Funciona?
Baseline de Utilização:
É o nível mínimo de CPU que a instância pode utilizar de forma constante. Você pode configurar o baseline como 12,5% ou 50% do total de CPUs provisionadas (OCPUs).
Características-Chave
Dinamicidade:
O uso de CPU é escalado dinamicamente entre o baseline e o máximo provisionado, dependendo da demanda.
Economia:
Você paga apenas pelo baseline configurado, mesmo que utilize recursos acima disso durante o burst.
Oversubscription:
O hardware subjacente é compartilhado entre várias instâncias. Isso significa que não há garantias de que a capacidade de burst estará disponível sempre que necessária.
Quando Usar?
As instâncias burstable são perfeitas para workloads que:
- Têm baixo consumo de CPU na maior parte do tempo.
- Precisam de picos temporários de performance.
Exemplos:
Ambientes de desenvolvimento e teste.
- Microservices.
- CI/CD pipelines.
- Sistemas de monitoramento ou sites estáticos.
Por que é Burstable?
O termo “burstable” reflete a capacidade de “explodir” momentaneamente para níveis mais altos de CPU. Esse comportamento é sustentado por três pilares:
- Baseline garantido: O mínimo que você sempre terá disponível.
- Burst automático: Uso acima do baseline quando a carga aumenta.
- Limitações: Apenas 1 hora de burst contínuo, sem garantias.
Exemplo REAL:
Para uma instância com 1 OCPU e baseline de 12,5%, você tem garantido 1/8 do poder da CPU disponível constantemente.
Burst:
Quando sua carga de trabalho ultrapassa o baseline, a instância pode “burstar”, ou seja, utilizar mais CPU até o limite do total de OCPUs configuradas. Isso acontece de forma automática, sem necessidade de intervenção manual.
Limitação: O burst é permitido por no máximo 1 hora contínua e depende da disponibilidade de recursos no servidor físico.
Quando usar instâncias burstable?
- Ambientes NONPROD: Desenvolvimento, teste e homologação.
- Microservices: Funcionalidades pequenas e independentes.
- Sistemas estáticos: Sites e monitores que quase não consomem CPU.
- Ou seja, você não precisa de uma Ferrari (servidor full power) para tarefas simples.
Como funcionam as instâncias burstable?
Quando você configura uma instância burstable no OCI, escolhe:
- OCPU Total – A potência máxima.
- Baseline de Utilização – Quanto você usa constantemente (12,5% ou 50%).
Se precisar de mais CPU, a instância “bursta” (vai para o turbo), mas só por até 1 hora contínua. Após isso, volta para o baseline.
⚠️ Importante: A capacidade de “burst” depende do uso geral dos recursos do servidor e por isso NÃO é recomendado para servidores de produção e ambientes críticos, pelamorrrrrrr!!!
Por que é mais barato?
Você paga somente pelo baseline que escolheu. Por exemplo:
Uma instância com 1 OCPU e baseline de 12,5% custa 1/8 do preço de uma instância full.
Isso significa que você economiza muito em workloads que só precisam de picos esporádicos.
Quais formas e benefícios?
- Formas compatíveis: VM.Standard3.Flex, VM.Standard.E3.Flex,VM.Standard.E4.Flex e VM.Standard.E5.Flex.
- Memória ajustável: Você configura memória e CPU conforme a necessidade.
- Flexibilidade total: Ideal para ambientes dinâmicos e custos controlados.
Para ESTIMAR seu potencial saving, baseado no seu ambiente, voce pode acessar a calculadora da Oracle: https://www.oracle.com/br/cloud/costestimator.html
1 – Clicar em Compute VM:
2 – Digite a quantidade de OCPU entre 1 e 114 e memória entre 1GB e 768GB; Para uma visão do seu ambiente, digite a soma de ocpus do seu ambiente + a soma de memória do seu ambiente:
3 – Compare os valores de permitir burstbable entre: NO, Baseline 50% e Baseline 12,5%.
DICA EXTRA!!!
Quer um saving MAIOR AINDA? Crie uma política de utilização de ambientes NONPROD, exemplo:
1- 12 horas diárias ON: Entre 07hs e 19hs por exemplo;
2 – Somente de segunda a sexta;
Só isso reduz de 744 horas/mês para 240 horas/mês de consumo, ou 67,74% de SAVING para o bolso da sua empresa.
Ok Ok entendi que vai me economizar então é só marcar tudo burstable e pronto? CAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAALMA CALABRESO! Nem tudo são flores e eu vou listar aqui:
1. Sem Garantia de Bursting
Imagine que você precisa daquele “turbo” de CPU exatamente no momento de maior carga… mas o recurso não está disponível. Isso pode acontecer porque os servidores burstable são oversubscribed, ou seja, compartilham recursos com outras instâncias. Para workloads críticos, essa falta de garantia pode ser um problema sério.
2. Limite de 1 Hora Contínua
Mesmo que o recurso esteja disponível, o “modo turbo” só dura até 1 hora contínua. Depois disso, a instância volta ao baseline de uso, o que pode deixar aplicações que demandam alta performance por longos períodos “engasgando”.
3. Memória Não “Bursta”
O turbo é só para CPU e banda de rede. A memória é fixa(mas por sorte ela é BEMMMM mais barata que CPU), ou seja, se sua aplicação precisar de mais memória durante picos, vai faltar. Isso limita a flexibilidade para certos tipos de workloads que consomem muita RAM.
4. Banda de Rede Compartilhada
Assim como a CPU, a banda de rede também é oversubscribed. Isso significa que, em momentos de alta demanda, sua instância pode não alcançar a performance de rede esperada.
5. Não Serve para Workloads Críticos!!!
Se você tem aplicações de missão crítica, como bancos de dados de produção ou sistemas que precisam de performance garantida, esqueça as instâncias burstable. Nesse caso, o ideal é investir em servidores regulares ou dedicados.
6. Limitações de Configuração
Networking: Só suporta paravirtualized, o que pode exigir ajustes ao migrar de instâncias regulares.
Volumes de Bloco: Há limites no número de volumes anexados por baseline OCPU.
Sem suporte em hosts dedicados: Se você usa infraestrutura reservada, burstable não é uma opção.
7. Pode Sair Mais Caro se Mal Utilizado
Se sua carga de trabalho consome CPU de forma constante ou quase constante, uma instância regular será mais econômica. Você pode acabar pagando por um baseline baixo e sofrendo com performance limitada.
Quer saber mais?
Explorar os servidores burstable é como abrir a porta para um mundo de economia na nuvem. Com eles, você otimiza seus custos e ainda mantém a performance.
Então, da próxima vez que precisar configurar um ambiente NONPROD, pense em burstable. No final do mês, sua conta agradece! 💸
Documentação: https://docs.oracle.com/en-us/iaas/Content/Compute/References/burstable-instances.htm